domingo, 24 de junho de 2012

poeminha

se as palavras bastassem
e se com elas eu pudesse
contar mais que um sentimento
eu lhe diria que
com o seu nome
me vem um momento
em que eu existi
na verdade do seu olhar
e se eu me encontrasse nos vocábulos
eu lhe contava que
você me traz aquilo
que eu tanto busquei sem encontrar
e se o verbo abraçasse
eu usaria o mais bonito
para te revolver
com todo o meu carinho e um bocado de saudade

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Metodologia de um Ardor

De um olhar nasceu uma faísca. Rápida e breve foi a faísca. Mas de um toque virou flama, que, singela, teimava em brilhar no meio da escuridão. Com um sorriso, flama tornou-se labaredas. Altas, quentes e insistentes eram as labaredas. Foi com uma fala que revolveram num fogaréu, que, sem ousar destruir, consumia. Bastou um beijo para que fogaréu passasse a ser incêndio. Destrutivo e arrebatador foi o incêndio. Demorou, mas acabou por transformar-se em brasas, que, reconfortantes, ainda traziam calor. Foi com um erro que das brasas ficaram apenas cinzas. Irredutíveis e frias eram as cinzas.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Não sei porque cargas d'água eu resolvi criar um blog, ainda mais porque eu sou meio leiga nessas coisas e não faço a menor ideia como funciona e como deixar bonitinho e com cara de profissa. Acho que foi ver o blog da minha amiga que me deu vontade de fazer o meu próprio, gostei dessa coisa de poder escrever qualquer coisa que der na telha, como se fosse um "diário digital" que um bando de estranhos pode ler, isso chega a ser meio assustador, mas, ao mesmo tempo, refrescante.
Sempre tive muita necessidade de escrever, porque às vezes tem coisas que não cabem em mim e eu sinto como se ao escreve-las, elas saíssem um pouco e dessem espaço para outras mil e outras coisas e porque acredito que as palavras, por mais incompletas e insuficientes que sejam, ajudam a me livrar das confusões que ideias, desejos e sentimentos podem trazer.